quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A culpada de tanta esperança em vão são as histórias encantadas.

Desde criança nos contam histórias sobre príncipes e princesas. Garotas lindas e indefesas, e valentões sarados que correm a seu encontro enfrentando os mais temíveis obstáculos e monstros. Histórias que sempre terminam com um beijo e um final feliz.
Nessas histórias é possível dormir por décadas e ser despertada com um beijo, acordando ainda jovem, linda e maravilhosa. O bem sempre vence o mal, depois de incansáveis batalhas. Bonecos de pau tornam-se humanos. Fadas madrinhas concedem milagres e muitas vezes transformam barangas em belas princesas (hoje em dia a fada madrinha é a maquiagem).  E sem esquecer o sapo que vira príncipe.
Por esse motivo, talvez, muitas mulheres ainda não perderam a esperança naquele homem estragado, naquele babaca que só sabe esnobá-las e naquele que fica com meia cidade e ainda diz que a ama. Há esperança de que o sapo vire príncipe.
Aquela esperança de um belo dia encontrar seu verdadeiro amor, subir em seu cavalo branco, ser princesa, ser rica, e ser feliz e ainda por cima para sempre só faz com que você provavelmente ache alguém que vai te causar muita dor de cabeça. Porque geralmente é assim, as pessoas não são perfeitas, embora algumas sejam transformadas em referencias perfeitas, há sempre uma nuvem que mascara seus defeitos e que você só pode perceber depois.
Como um sonho, amores surreais sempre acabam, e nem precisa ser tão surreal assim pra que isso aconteça. Não existe o “viveram felizes para sempre”, pode existir o “quase viveram...”. Mas interrupções são reais, como em uma novela: Tudo está a mil maravilhas, e de repente algo aparece e separa o feliz casal. Mas diferente da novela, que no final termina muito feliz, com o casal que se ama voltando e tudo sendo resolvido. Na vida real o desfecho é diferente, geralmente essas coisas acontecem porque para um o relacionamento pode estar mil maravilhas, mas já para o outro a coisa está se tornando insustentável. Ou muitas vezes, na gravidade dos acontecimentos decorridos a razão deva falar mais alto. E um sempre segue a vida, e o outro fica pra trás... remoendo esperanças.
Os finais nem sempre são totalmente felizes. E no meio disso tudo as vezes não aprendemos a ler os sinais…
Como distinguir os que querem e os que não nos querem?
 Os que vão ficar e os que vão partir?
Os que falam a verdade e os que mentem?
E talvez este final não inclua um cara maravilhoso, uma garota maravilhosa e muito menos o(a) tal que você está apaixonada(o), talvez, dependa de você, talvez esteja por sua conta, juntando os pedaços e recomeçando. Se libertando para achar algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja… Só seguir em frente.

Ou talvez o final seja este, saber que apesar das ligações não retornadas e todas as mágoas, apesar de todos os erros e sinais mal interpretados, apesar de toda dor e constrangimento, você nunca, nunca perdeu a esperança.

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